sexta-feira, 28 de setembro de 2012

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA

ESCOLA ESTADUAL CARLOS LYRA
Rua Poeta João Pinheiro s/n
 São José da Laje, Alagoas.

Data: 31 de agosto de 2012
Tema: O lugar onde vivo

Professora: Ariana do Nascimento Silva
Gênero: Crônica
Ano/turma: 9º “C”
Aluno: Maria Gabrielle Caroline da Silva


A simplicidade de um povo.

O lugar onde vivo, é típico de histórias das mais variadas, desde as mais tristes às mais engraçadas e encantadoras. História de um povo simples, de um povo humilde, sem muita hipocrisia e que tem a alegria como marca da sua identidade.
Uma das histórias que mais marcou o lugar onde vivo foi a enchente de 1969, uma das maiores do Brasil, momento no qual milhares de pessoas foram arrastadas pelo rio que banha a cidade, foi uma situação que deixou a cidade e o coração dos lajenses devastados: era  mãe procurando filho, lágrimas sendo derramadas no escuro da noite onde nada era percebido, lágrimas essas que ainda hoje são lembradas por pessoas que tiveram seus familiares levados. O sofrimento era a marca no rosto das pessoas de todas as idades. Das muitas que desapareceram poucas foram encontradas e a cidade até hoje não se recuperou por completo.
Na realidade o lugar onde vivo não é dos melhores, mas não vou dizer que é dos piores. Tem seu lado encantador, confesso. É uma cidade típica do interior, pequena, localizada em Alagoas. É conhecida como a Princesa das Fronteiras, e isso não é à toa. Título de nobreza, “princesa”, não se atribui por acaso. É um cantinho acolhedor, de moradores hospitaleiros e é por essa razão que quem conhece não esquece e quem visita nunca deixa de retornar.
            Nos dias atuais vive a agitação do processo eleitoral, a cidade respira eleição, e o mundo das propagandas sacode a pacata são José da Laje. De qualquer forma minha cidade está de pé, firme e forte, com suas praças acolhedoras, alegradas pelo colorido da decoração e pelo verde das árvores, movimentada pela alegria das crianças e suas gargalhadas puras e sinceras, revitalizada pela força dos jovens e pelas experiências dos amigos da melhor idade... É aqui que muitos se encontram e tantos outros se reencontram , planejam, festejam e sonham juntos com um futuro cada vez melhor.
Esse é o lugar onde vivo cheio de riquezas, encantos e maravilhas. Repleto de valores incomparáveis e sentimentos inexplicáveis.

























Plano de Aula
    .Escola Estadual Carlos Lyra, São José da Laje
·         Disciplina: Língua Portuguesa
·         Série: 9º ano (Ensino Fundamental)
·         Tempo previsto: 12 h/a (Julho e Agosto)
·         Professora: Ariana do Nascimento Silva

·         Conteúdo: Gênero Textual – Crônica

·         Justificativa: Observa-se que em nosso cotidiano acontecem fatos que são recontados, comentados com intuito de nos reaproximar do que foi acontecido. Com base nisso, o conteúdo se torna importante para melhorar a compreensão deste processo. Além de ser conteúdo temático para o processo das Olimpíadas de Língua Portuguesa

·         Objetivo: Oferecer aos alunos do 9º ano, do Ensino Fundamental, um melhor entendimento do que vem a ser uma crônica, suas características e aplicabilidade.

·         Objetivos específicos:
1.    Reconhecer o conceito atribuído à crônica;
2.    Dar condições e maturidade para o reconhecimento de uma crônica.
3.    Produzir crônicas com atributos que as tornem boas concorrentes na seleção das Olimpíadas de Língua Portuguesa.

·         Metodologia: A aula será guiada a partir do conceito do conteúdo proposto, Crônica, para o reconhecimento da importância do mesmo. Assim sendo, as aulas se pautaram na seguinte sequência metodológica:
1.   Realizar a leitura da crônica A hora e a vez da mulher, de José Geraldo Couto. Discussões a partir da sua temática central: a vitória da seleção brasileira de futebol feminino na semifinal da Copa do Mundo de 2007.
2.   Explanações explicando a essência da crônica e da crônica em estudo, esportiva.
3.   Estudo da linguagem do texto através de exercício.
4.   Construção de um texto em grupo para exposição, atendendo ao seguinte questionamento: “A escassa participação das mulheres em determinadas profissões e esportes é uma questão de preconceito ou existe razão para que algumas atividades sejam vetadas às mulheres?”.
5.   Exposição das produções.
6.   Retomada de crônica enfocando seu caráter de narrativa mais curta. Leitura para relembrar as características.
7.   Discussões obre o tema da Olimpíada com a temática O lugar onde vivo. (Crônica), abordando a observação de situações cotidianas do local onde os alunos vivem.
8.   Direcionamentos para a produção e início de produção textual do gênero. Inferir sobre o texto e contemplá-lo, realizar a leitura em conjunto.
9.   Releitura, discussões, sugestões e ajustes dos textos produzidos Entregar material xerocado contendo conceitos sobre crônicas e suas classificações.
10.   Releitura e refacção para refacção dos textos produzidos para serem enviadas para análise e seleção.

·         Recursos: Exposição oral, livros didático, quadro negro.

·         Avaliações: Participação nas discussões leituras, exercícios, apresentação das respostas aos questionamentos, compromisso com as refacções e produção final.

Crônica trabalhada

A hora e a vez da mulher
No filme "Quanto Mais Quente Melhor", Jack Lemmon e Tony Curtis, vestidos de mulher para fugir de gângsteres, observam fascinados o andar bamboleante de Marilyn Monroe, de saltos altos, na plataforma de uma estação de trens. Mal conseguindo se equilibrar sobre os saltos, Lemmon pergunta: "Como é que elas conseguem? Devem ter um sistema especial de molejo embutido".
            Por mais incongruente que pareça, lembrei dessa cena memorável ao assistir ao baile que as moças brasileiras deram nas americanas na semifinal da Copa do Mundo feminina de futebol. Foi o maior espetáculo futebolístico -de qualquer sexo- que vi nos últimos tempos.
            Não foi por acaso que a CBF se curvou e o próprio Dunga se encantou com o jogo das meninas. Já é tempo de deixarmos de olhar o futebol feminino com uma condescendência superior e reconhecermos que elas podem ter sobre nós algumas vantagens dentro de campo.
            Pois, se todos admitem que uma grande virtude num futebolista é o jogo de cintura, as mulheres estão muitos pontos à nossa frente nesse quesito. Cabrochas de escola de samba, bailarinas de dança do ventre... Que homem é capaz de requebrar como elas? Já que no futebol masculino predominam cada vez mais a força bruta e o condicionamento físico, a ponto de Tostão ter observado que o último grande atacante baixinho foi Romário, é possível que num futuro próximo tenhamos mais chance de encontrar a arte do futebol entre mulheres do que entre homens.
          Um exemplo evidente: é muito mais bonito ver jogar a seleção feminina alemã, que amanhã faz a final contra o Brasil, do que a masculina.
E não me refiro apenas à beleza das pernas, mas ao jogo em si.
          Um lance como o drible de Marta, que, de costas para a adversária, deu um toque de calcanhar, girou o corpo e foi buscar a bola do outro lado, é de fazer inveja até a um Ronaldinho ou a um Messi. Vai jogar bem assim na China (de preferência amanhã).
         Dunga enfatizou o "espírito de sacrifício" das garotas. Tudo bem. Mas Marta, Cristiane, Formiga e companhia estão mostrando muito mais do que isso. Estão mostrando talento, ousadia, invenção e prazer de jogar. É isso o que as torna únicas. Sacrifício por sacrifício, qualquer brasileira da classe média para baixo também faz, e não é de hoje.
         E bem feito para o técnico dos EUA. Um sujeito que magoa, deixando no banco uma mulher tão linda quanto a goleira Hope Solo, merece o pior dos castigos.
JOSÉ GERALDO COUTO. A hora e a vez da mulher. Folha de São Paulo, 29 set. 2007.p.D6.

Olimpíadas de Língua Portuguesa:TEXTOS ESCOLHIDOS

ESCOLA ESTADUAL CARLOS LYRA
ANO:2012
Olimpíadas de Língua Portuguesa:TEXTOS ESCOLHIDOS
"O educador se eterniza em cada ser que educa".(Paulo Freire)
Gênero Textual: Memórias literárias
Bons tempos
Lucas Silva de França


Lembro-me da minha infância até hoje com muita saudade, daquela brilhante e fantástica rua Floriano Peixoto, mais conhecida como rua do Pontilhão. Ali vivi os melhores dias da minha vida. Recordo que boa parte da rua tinha casas de barro e areia pela estrada, pois aquela rua ainda não era calçada, tudo ali era muito simples e natural.
Naquela época, não existia televisão, então nos distraíamos com brincadeiras deliciosas e envolventes como pega-fogo, lixado e barra bandeira. Quando já estava tarde da noite eu e meus colegas contávamos lindas histórias e a nossa preferida era a de Pedro Malazart. Como nós éramos felizes! E os carnavais daqui! Eram cheios e glórias bem diferentes de hoje, aconteciam em frente à estação ferroviária, onde pessoas dos quatro cantos das cidades vizinhas vinham nos prestigiar, era tudo muito mágico, com belas fantasias, lindas marchinhas e a grande orquestra com integrantes daqui mesmo da cidade. Logo após o carnaval na rua à noite, a animação continuava com a concentração das pessoas no Clube Gente Nossa, lá sim, os jovens e idosos curtiam seu mela-mela e podiam desfilar com suas fantasias luxuosas por todo o salão.
E o trem que passava por dentro da nossa cidade! Esse sim, chamava a atenção de todos, e sua chegada era novidades na certa e muita informação, pois tinha um rapaz que vendia jornais, chocolate, maçãs e passas secas, que eram incrivelmente gostosas.
Recordo-me também de quando o trem estava partindo, o adeus emocionante dos familiares de quem estava indo embora da cidade. E ao lado dos trilhos os capins faziam suas danças causadas pelo vendo através da velocidade do trem.
A minha cidade é lembrada em meus pensamentos distantes, com belas passagens da minha infância, mas também por uma grande tragédia, que vem vagamente nos meus sonhos acordado, lembro quando minha mãe de madrugada me chamou e disse que a cidade estava se acabando em águas. Foi um período de muito sofrimento para os lajenses, mas os anos se passaram e com muita fé, garra e esperança a minha bela cidade foi erguida novamente e só ficaram as dores e saudades daqueles que não conseguiram sobreviver.



Texto baseado no depoimento do






Sr. Clécio da Rocha França, 58 anos.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Caracterização da Escola Estadual Carlos Lyra

                                                    
        Caracterização da Escola

O Grupo escolar Carlos Lyra foi inaugurado em Junho de 1935 pelo Governador eleito indiretamente pela Assembléia Legislativa Dr. Osman Loureiro e tinha como diretor de Instrução Pública, o escritor Graciliano Ramos. A Escola foi edificada pelo Estado através da Diretoria de Viação e Obras Públicas, as salas de aula formavam um quadro com um terraço interno de circulação que fazia ligação entre as referidas salas. No centro havia um grande jardim, as salas de aula eram bem iluminadas e com bastante circulação de ar. O terraço espaçoso servia de abrigo para os alunos nas horas de recreio e nos dias de chuva. O jardim dava o tom de beleza, com suas flores formando um colorido de muita harmonia
O Grupo Escolar Carlos Lyra tinha seis (6) salas de aula, cinco (5) salas 1ª a 4ª séries e uma (1) onde funcionava o jardim infantil, tinha quatro (4) banheiros, uma (1) diretoria, uma (1) secretaria e uma (1) cozinha. Ainda existia no fundo da escola um espaço onde as crianças brincavam no recreio. Suas primeiras diretoras foram as professoras Dolores Ramos Valença, Maria Carrascosa, Vanda Paiva, Irene Ferreira, Maria José Bittencourt, Maria do Carmo Barros de Araújo, Ruth Silva Valença.
Na primeira administração do governador Divaldo Suruagy, foi construído um anexo com quatro (4) salas de aula, localizadas ao lado do Tiro de Guerra.
Em 1986, foi implantada a segunda fase do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e a escola passou a ser chamada de Escola de 1º Grau Carlos Lyra.
Em 2001 a Escola recebeu o seu nome definitivo e passou a ser Escola Estadual Carlos Lyra e o Governador Ronaldo Lessa e a Secretaria de Educação Maria José Viana, proporcionou a realização de um grande desejo, que foi a reforma da escola. Nesse ano a escola teve um grande parceiro que foi as Escolas Municipais onde funcionava nos três turnos, sendo as escolas que foram cedidas: Escola Municipal Presidente Médici, Escola Municipal Professora Vanda Paiva, Centro Educacional Professora Maria de Lourdes Rocha e a Escola Cenecista de 1º e 2º Graus São José.
A Escola Estadual Carlos Lyra depois da reforma ficou com 8 salas de aula, 1 biblioteca, 1 sala do professor, 1 sala de informática, 1 diretoria, 1 secretaria, 1 almoxarifado, 1 depósito, 1 banheiro para os professores, 1 cozinha, 1 depósito de merenda, 2 banheiros para os alunos, 1 área de serviço, 1 pátio coberto, 1 pátio ao ar livre, rol de entrada, 1 rol de movimento, e todas as salas foram forradas e são ventiladas.
A Escola funciona nos turno matutino, vespertino e noturno com a Educação Básica: Ensino Fundamental de 6º a 9º Ano.
A Escola Estadual Carlos Lyra recebeu este nome em homenagem ao Usineiro Carlos Benigno Pereira de Lyra, grande benemérito do município de São José da Laje. Foi ele que transformou um engenho de cana-de-açúcar em Usina, hoje Usina Serra Grande, construiu em 1924 as hidroelétricas aproveitando as águas do rio Canhoto, construiu a estrada São José da Laje – Colônia de Leopoldina com o percurso de 64 km. Construiu a Igreja Matriz de São Carlos dedicada a São José, construiu as pontes do rio Catita e a principal ponte da cidade que foi construída em alvenaria com seus arcos. Era um homem de grande tirocínio e com o espírito humanístico nato.
A Educação do Município é muito importante na vida de cada cidadão e cada cidadã, e a Escola Estadual Carlos Lyra teve papel fundamental na vida de alguns lajenses que se destacaram no Estado: Pe. Teófanes Augusto de Barros, Dr. Milton Lyra, Dr. Fernando Galvão de Pontes, Dyda Lyra, Dr. Zirelly, Dr. Aurino Lima, o cantor Cláudio Rios e tantos outros.
Em Junho de 1989 foi criado o Decreto de Reconhecimento da Escola com o nº 33628/89.
         A Escola Estadual Carlos Lyra situa-se a Rua Poeta João Pinheiro, s/n, na cidade de São José da Laje – AL, em frente a uma pequena praça. Nossa clientela é formada por alunos oriundos de todos os bairros da idade. A Escola atualmente  atende alunos do 6º ao 9º anos.