OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA
ESCOLA ESTADUAL CARLOS LYRA
Rua Poeta João Pinheiro s/n
São José da Laje, Alagoas.
Data: 31 de agosto de 2012
Tema: O lugar onde vivo
Professora: Ariana do Nascimento Silva
Gênero: Crônica
Ano/turma: 9º “C”
Aluno: Maria Gabrielle Caroline da Silva
A simplicidade de um povo.
O lugar onde vivo, é típico de histórias das mais variadas, desde as mais tristes às mais engraçadas e encantadoras. História de um povo simples, de um povo humilde, sem muita hipocrisia e que tem a alegria como marca da sua identidade.
Uma das histórias que mais marcou o lugar onde vivo foi a enchente de 1969, uma das maiores do Brasil, momento no qual milhares de pessoas foram arrastadas pelo rio que banha a cidade, foi uma situação que deixou a cidade e o coração dos lajenses devastados: era mãe procurando filho, lágrimas sendo derramadas no escuro da noite onde nada era percebido, lágrimas essas que ainda hoje são lembradas por pessoas que tiveram seus familiares levados. O sofrimento era a marca no rosto das pessoas de todas as idades. Das muitas que desapareceram poucas foram encontradas e a cidade até hoje não se recuperou por completo.
Na realidade o lugar onde vivo não é dos melhores, mas não vou dizer que é dos piores. Tem seu lado encantador, confesso. É uma cidade típica do interior, pequena, localizada em Alagoas. É conhecida como a Princesa das Fronteiras, e isso não é à toa. Título de nobreza, “princesa”, não se atribui por acaso. É um cantinho acolhedor, de moradores hospitaleiros e é por essa razão que quem conhece não esquece e quem visita nunca deixa de retornar.
Nos dias atuais vive a agitação do processo eleitoral, a cidade respira eleição, e o mundo das propagandas sacode a pacata são José da Laje. De qualquer forma minha cidade está de pé, firme e forte, com suas praças acolhedoras, alegradas pelo colorido da decoração e pelo verde das árvores, movimentada pela alegria das crianças e suas gargalhadas puras e sinceras, revitalizada pela força dos jovens e pelas experiências dos amigos da melhor idade... É aqui que muitos se encontram e tantos outros se reencontram , planejam, festejam e sonham juntos com um futuro cada vez melhor.
Esse é o lugar onde vivo cheio de riquezas, encantos e maravilhas. Repleto de valores incomparáveis e sentimentos inexplicáveis.
Plano de Aula
.Escola Estadual Carlos Lyra,
São José da Laje
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Disciplina: Língua Portuguesa
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Série: 9º ano (Ensino Fundamental)
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Tempo previsto: 12 h/a (Julho e Agosto)
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Professora: Ariana do Nascimento Silva
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Conteúdo:
Gênero Textual – Crônica
·
Justificativa:
Observa-se que em nosso cotidiano acontecem fatos que são recontados,
comentados com intuito de nos reaproximar do que foi acontecido. Com base
nisso, o conteúdo se torna importante para melhorar a compreensão deste
processo. Além de ser conteúdo temático para o processo das Olimpíadas de
Língua Portuguesa
·
Objetivo:
Oferecer aos alunos do 9º ano, do Ensino Fundamental, um melhor entendimento do
que vem a ser uma crônica, suas características e aplicabilidade.
·
Objetivos
específicos:
1. Reconhecer o conceito atribuído
à crônica;
2. Dar
condições e maturidade para o reconhecimento de uma crônica.
3. Produzir
crônicas com atributos que as tornem boas concorrentes na seleção das
Olimpíadas de Língua Portuguesa.
·
Metodologia:
A aula será guiada a partir do conceito do conteúdo proposto, Crônica, para o
reconhecimento da importância do mesmo. Assim sendo, as aulas se pautaram na
seguinte sequência metodológica:
1.
Realizar a leitura da crônica A hora e
a vez da mulher, de José Geraldo Couto. Discussões a partir da sua temática
central: a vitória da seleção brasileira de futebol feminino na semifinal da
Copa do Mundo de 2007.
2.
Explanações explicando a essência da
crônica e da crônica em estudo, esportiva.
3.
Estudo da linguagem do texto através
de exercício.
4.
Construção de um texto em grupo para
exposição, atendendo ao seguinte questionamento: “A escassa participação das
mulheres em determinadas profissões e esportes é uma questão de preconceito ou
existe razão para que algumas atividades sejam vetadas às mulheres?”.
5.
Exposição das produções.
6.
Retomada de crônica enfocando seu
caráter de narrativa mais curta. Leitura para relembrar as características.
7.
Discussões obre o tema da Olimpíada
com a temática O lugar onde vivo. (Crônica), abordando a observação de
situações cotidianas do local onde os alunos vivem.
8.
Direcionamentos para a produção e
início de produção textual do gênero. Inferir sobre o texto e contemplá-lo,
realizar a leitura em conjunto.
9.
Releitura, discussões, sugestões e
ajustes dos textos produzidos Entregar material xerocado contendo conceitos
sobre crônicas e suas classificações.
10.
Releitura e refacção para refacção dos
textos produzidos para serem enviadas para análise e seleção.
·
Recursos:
Exposição
oral, livros didático, quadro negro.
·
Avaliações: Participação nas discussões
leituras, exercícios, apresentação das respostas aos questionamentos,
compromisso com as refacções e produção final.
Crônica trabalhada
A hora e a vez da mulher
No filme "Quanto Mais Quente Melhor", Jack Lemmon e Tony
Curtis, vestidos de mulher para fugir de gângsteres, observam fascinados o
andar bamboleante de Marilyn Monroe, de saltos altos, na plataforma de uma
estação de trens. Mal conseguindo se equilibrar sobre os saltos, Lemmon
pergunta: "Como é que elas conseguem? Devem ter um sistema especial de
molejo embutido".
Por mais incongruente que pareça, lembrei dessa cena memorável ao assistir ao baile que as moças brasileiras deram nas americanas na semifinal da Copa do Mundo feminina de futebol. Foi o maior espetáculo futebolístico -de qualquer sexo- que vi nos últimos tempos.
Não foi por acaso que a CBF se curvou e o próprio Dunga se encantou com o jogo das meninas. Já é tempo de deixarmos de olhar o futebol feminino com uma condescendência superior e reconhecermos que elas podem ter sobre nós algumas vantagens dentro de campo.
Pois, se todos admitem que uma grande virtude num futebolista é o jogo de cintura, as mulheres estão muitos pontos à nossa frente nesse quesito. Cabrochas de escola de samba, bailarinas de dança do ventre... Que homem é capaz de requebrar como elas? Já que no futebol masculino predominam cada vez mais a força bruta e o condicionamento físico, a ponto de Tostão ter observado que o último grande atacante baixinho foi Romário, é possível que num futuro próximo tenhamos mais chance de encontrar a arte do futebol entre mulheres do que entre homens.
Um exemplo evidente: é muito mais bonito ver jogar a seleção feminina alemã, que amanhã faz a final contra o Brasil, do que a masculina.
E não me refiro apenas à beleza das pernas, mas ao jogo em si.
Um lance como o drible de Marta, que, de costas para a adversária, deu um toque de calcanhar, girou o corpo e foi buscar a bola do outro lado, é de fazer inveja até a um Ronaldinho ou a um Messi. Vai jogar bem assim na China (de preferência amanhã).
Dunga enfatizou o "espírito de sacrifício" das garotas. Tudo bem. Mas Marta, Cristiane, Formiga e companhia estão mostrando muito mais do que isso. Estão mostrando talento, ousadia, invenção e prazer de jogar. É isso o que as torna únicas. Sacrifício por sacrifício, qualquer brasileira da classe média para baixo também faz, e não é de hoje.
E bem feito para o técnico dos EUA. Um sujeito que magoa, deixando no banco uma mulher tão linda quanto a goleira Hope Solo, merece o pior dos castigos.
Por mais incongruente que pareça, lembrei dessa cena memorável ao assistir ao baile que as moças brasileiras deram nas americanas na semifinal da Copa do Mundo feminina de futebol. Foi o maior espetáculo futebolístico -de qualquer sexo- que vi nos últimos tempos.
Não foi por acaso que a CBF se curvou e o próprio Dunga se encantou com o jogo das meninas. Já é tempo de deixarmos de olhar o futebol feminino com uma condescendência superior e reconhecermos que elas podem ter sobre nós algumas vantagens dentro de campo.
Pois, se todos admitem que uma grande virtude num futebolista é o jogo de cintura, as mulheres estão muitos pontos à nossa frente nesse quesito. Cabrochas de escola de samba, bailarinas de dança do ventre... Que homem é capaz de requebrar como elas? Já que no futebol masculino predominam cada vez mais a força bruta e o condicionamento físico, a ponto de Tostão ter observado que o último grande atacante baixinho foi Romário, é possível que num futuro próximo tenhamos mais chance de encontrar a arte do futebol entre mulheres do que entre homens.
Um exemplo evidente: é muito mais bonito ver jogar a seleção feminina alemã, que amanhã faz a final contra o Brasil, do que a masculina.
E não me refiro apenas à beleza das pernas, mas ao jogo em si.
Um lance como o drible de Marta, que, de costas para a adversária, deu um toque de calcanhar, girou o corpo e foi buscar a bola do outro lado, é de fazer inveja até a um Ronaldinho ou a um Messi. Vai jogar bem assim na China (de preferência amanhã).
Dunga enfatizou o "espírito de sacrifício" das garotas. Tudo bem. Mas Marta, Cristiane, Formiga e companhia estão mostrando muito mais do que isso. Estão mostrando talento, ousadia, invenção e prazer de jogar. É isso o que as torna únicas. Sacrifício por sacrifício, qualquer brasileira da classe média para baixo também faz, e não é de hoje.
E bem feito para o técnico dos EUA. Um sujeito que magoa, deixando no banco uma mulher tão linda quanto a goleira Hope Solo, merece o pior dos castigos.
JOSÉ
GERALDO COUTO. A hora e a vez da mulher. Folha de São Paulo, 29 set. 2007.p.D6.
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