quarta-feira, 12 de dezembro de 2012


ESCOLA ESTADUAL CARLOS LYRA





PROJETO: CONSCIÊNCIA NEGRA, ARTE E CULTURA



TURMAS:   6º aos 9º anos





São José da Laje-AL
Novembro de 2012




SUMÁRIO



1- Identificação
2-Justificativa
3-Objetivos
3.1-Objetivo geral
3.2-Objetivos específicos
4-Área de estudos envolvidas
5-Cronograma de atividades
6-Culminância
7-Quadro de conteúdos
8-Avaliação





1-IDENTIFICAÇAO




ESCOLA ESTADUAL CARLOS LYRA
TEMA GERADOR-DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA




OBJETIVO DISPARADOR- Conscientizar ao educando sobre a importância do negro e de sua cultura para a constituição e identidade da nação brasileira, abominando o preconceito e o racismo, respeitando a diversidade humana, buscando nossas raízes e herança cultural trazidas pela influência africana.




Perfil do grupo:Professores e alunos
Responsável pelo projeto:Professores, alunos, coordenação e direção.

Período-20 de outubro a 24 de novembro de 2012




2-JUSTIFICATIVA



O objetivo deste projeto é favorecer a ampliação dos conhecimentos e formação de hábitos e atitudes fundamentais nos valores éticos. Propondo através de demonstrações culturais ressaltar os valores que impulsionaram na formação da identidade dos povos de origem africana.
Desse modo, esperamos que nosso projeto desenvolva  nos  educandos  a atitude de valorizar e respeitar às pessoas negras, à sua descendência africana,sua cultura e história, buscando compreender seus valores e lutas.



3.OBJETIVOS


3.1-Objetivo geral
Desenvolver nos educandos uma consciencia de respeito e valorização dos povos negros, da cultura africana e afro-brasileira na sociedade, destancando a importância dos mesmos na construção da identidade no povo brasileiro.

3.2-Objetivos específicos
.Pesquisar a história da África;
.Reconhecer as heranças culturais recebidas das culturas africanas que estão inseridas em nosso cotidiano;
. Oferecer elementos para a compreensão da contribuição dos povos nas relações sociais, econômicas e culturais na formação da nossa região e do Brasil;
.Ampliar conceitos de valores;
.Pesquisar a contribuição das religiões africanas para a religiosidade do povo brasileiro;
.Identificar o sincretismo religioso;
.Localizar geograficamente comunidades quilombolas brasileiras fazendo comentários sobre cada uma delas;
.Pesquisar as danças e culinária africana;
.Produzir textos dentro dos diversos gêneros textuais que retratem conceitos sobre discriminação e preconceito;
.Reconhecer linguagens e falares afro-brasileiros;
.Identificar folguedos, músicas, instrumentos musicais e indumentarias africanas, presentes na nossa cultura;
.Pesquisar as denominações afro-brasileiras;
.Construir gráficos e maquetes da demografia populacioanl negra em Alagoas e no país.
.Construir uma consciencia respeitosa através do dialógo.

4-ÁRES DE ESTUDOS ENVOLVIDAS

-História
-Geografia
-Ensino Religioso
-Arte
-Língua Portuguesa
-Ciências
-Matemática
-Lingua Est. Moderna Inglês




5-CRONOGRAMA

Período 20 a 24 de novembro de 2012

Atividades Recursos
Sensibilização dos alunos quanto ao tema;
Leitura de diferentes tipos de textos sobre o tema;
Orientações de pesquisas;
Confecções de cartazes;
Confecções de maquetes;
Exibição de filmes;
Apreciação de músicas, poemas e danças;
Produção textuais;
Levantamento de culinária africana presente à mesa brasileira;
Destaque ao sincretismo religioso;
Exposição de trabalhos;
Localização da África;
Aula de campo.


-Textos diversos;
-Pesquisas;
-Reportagens;
-Dvd's;
-Filmes;
-Data show.


6-CULMINÂNCIA



.A culminância deste projeto  será no dia 24(sábado) de novembro no pátio da escola, através de:

-Exposição de trabalhos realizados durante a execução






das atividades do período de 20 de outubro a 24 de novembro de 2012;
-Apresentação de atividades e trabalhos;Encenação, danças, poemas, textos, maquetes, painéis, etc.
-Apresentações de músicas, comidas, etc.





7-AVALIAÇÃO



Será realizada diariamente através de:

-Acompanhamento
-Observação
-Participação
-Desempenho
-Organização
-Atividades








 




sexta-feira, 28 de setembro de 2012

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA

ESCOLA ESTADUAL CARLOS LYRA
Rua Poeta João Pinheiro s/n
 São José da Laje, Alagoas.

Data: 31 de agosto de 2012
Tema: O lugar onde vivo

Professora: Ariana do Nascimento Silva
Gênero: Crônica
Ano/turma: 9º “C”
Aluno: Maria Gabrielle Caroline da Silva


A simplicidade de um povo.

O lugar onde vivo, é típico de histórias das mais variadas, desde as mais tristes às mais engraçadas e encantadoras. História de um povo simples, de um povo humilde, sem muita hipocrisia e que tem a alegria como marca da sua identidade.
Uma das histórias que mais marcou o lugar onde vivo foi a enchente de 1969, uma das maiores do Brasil, momento no qual milhares de pessoas foram arrastadas pelo rio que banha a cidade, foi uma situação que deixou a cidade e o coração dos lajenses devastados: era  mãe procurando filho, lágrimas sendo derramadas no escuro da noite onde nada era percebido, lágrimas essas que ainda hoje são lembradas por pessoas que tiveram seus familiares levados. O sofrimento era a marca no rosto das pessoas de todas as idades. Das muitas que desapareceram poucas foram encontradas e a cidade até hoje não se recuperou por completo.
Na realidade o lugar onde vivo não é dos melhores, mas não vou dizer que é dos piores. Tem seu lado encantador, confesso. É uma cidade típica do interior, pequena, localizada em Alagoas. É conhecida como a Princesa das Fronteiras, e isso não é à toa. Título de nobreza, “princesa”, não se atribui por acaso. É um cantinho acolhedor, de moradores hospitaleiros e é por essa razão que quem conhece não esquece e quem visita nunca deixa de retornar.
            Nos dias atuais vive a agitação do processo eleitoral, a cidade respira eleição, e o mundo das propagandas sacode a pacata são José da Laje. De qualquer forma minha cidade está de pé, firme e forte, com suas praças acolhedoras, alegradas pelo colorido da decoração e pelo verde das árvores, movimentada pela alegria das crianças e suas gargalhadas puras e sinceras, revitalizada pela força dos jovens e pelas experiências dos amigos da melhor idade... É aqui que muitos se encontram e tantos outros se reencontram , planejam, festejam e sonham juntos com um futuro cada vez melhor.
Esse é o lugar onde vivo cheio de riquezas, encantos e maravilhas. Repleto de valores incomparáveis e sentimentos inexplicáveis.

























Plano de Aula
    .Escola Estadual Carlos Lyra, São José da Laje
·         Disciplina: Língua Portuguesa
·         Série: 9º ano (Ensino Fundamental)
·         Tempo previsto: 12 h/a (Julho e Agosto)
·         Professora: Ariana do Nascimento Silva

·         Conteúdo: Gênero Textual – Crônica

·         Justificativa: Observa-se que em nosso cotidiano acontecem fatos que são recontados, comentados com intuito de nos reaproximar do que foi acontecido. Com base nisso, o conteúdo se torna importante para melhorar a compreensão deste processo. Além de ser conteúdo temático para o processo das Olimpíadas de Língua Portuguesa

·         Objetivo: Oferecer aos alunos do 9º ano, do Ensino Fundamental, um melhor entendimento do que vem a ser uma crônica, suas características e aplicabilidade.

·         Objetivos específicos:
1.    Reconhecer o conceito atribuído à crônica;
2.    Dar condições e maturidade para o reconhecimento de uma crônica.
3.    Produzir crônicas com atributos que as tornem boas concorrentes na seleção das Olimpíadas de Língua Portuguesa.

·         Metodologia: A aula será guiada a partir do conceito do conteúdo proposto, Crônica, para o reconhecimento da importância do mesmo. Assim sendo, as aulas se pautaram na seguinte sequência metodológica:
1.   Realizar a leitura da crônica A hora e a vez da mulher, de José Geraldo Couto. Discussões a partir da sua temática central: a vitória da seleção brasileira de futebol feminino na semifinal da Copa do Mundo de 2007.
2.   Explanações explicando a essência da crônica e da crônica em estudo, esportiva.
3.   Estudo da linguagem do texto através de exercício.
4.   Construção de um texto em grupo para exposição, atendendo ao seguinte questionamento: “A escassa participação das mulheres em determinadas profissões e esportes é uma questão de preconceito ou existe razão para que algumas atividades sejam vetadas às mulheres?”.
5.   Exposição das produções.
6.   Retomada de crônica enfocando seu caráter de narrativa mais curta. Leitura para relembrar as características.
7.   Discussões obre o tema da Olimpíada com a temática O lugar onde vivo. (Crônica), abordando a observação de situações cotidianas do local onde os alunos vivem.
8.   Direcionamentos para a produção e início de produção textual do gênero. Inferir sobre o texto e contemplá-lo, realizar a leitura em conjunto.
9.   Releitura, discussões, sugestões e ajustes dos textos produzidos Entregar material xerocado contendo conceitos sobre crônicas e suas classificações.
10.   Releitura e refacção para refacção dos textos produzidos para serem enviadas para análise e seleção.

·         Recursos: Exposição oral, livros didático, quadro negro.

·         Avaliações: Participação nas discussões leituras, exercícios, apresentação das respostas aos questionamentos, compromisso com as refacções e produção final.

Crônica trabalhada

A hora e a vez da mulher
No filme "Quanto Mais Quente Melhor", Jack Lemmon e Tony Curtis, vestidos de mulher para fugir de gângsteres, observam fascinados o andar bamboleante de Marilyn Monroe, de saltos altos, na plataforma de uma estação de trens. Mal conseguindo se equilibrar sobre os saltos, Lemmon pergunta: "Como é que elas conseguem? Devem ter um sistema especial de molejo embutido".
            Por mais incongruente que pareça, lembrei dessa cena memorável ao assistir ao baile que as moças brasileiras deram nas americanas na semifinal da Copa do Mundo feminina de futebol. Foi o maior espetáculo futebolístico -de qualquer sexo- que vi nos últimos tempos.
            Não foi por acaso que a CBF se curvou e o próprio Dunga se encantou com o jogo das meninas. Já é tempo de deixarmos de olhar o futebol feminino com uma condescendência superior e reconhecermos que elas podem ter sobre nós algumas vantagens dentro de campo.
            Pois, se todos admitem que uma grande virtude num futebolista é o jogo de cintura, as mulheres estão muitos pontos à nossa frente nesse quesito. Cabrochas de escola de samba, bailarinas de dança do ventre... Que homem é capaz de requebrar como elas? Já que no futebol masculino predominam cada vez mais a força bruta e o condicionamento físico, a ponto de Tostão ter observado que o último grande atacante baixinho foi Romário, é possível que num futuro próximo tenhamos mais chance de encontrar a arte do futebol entre mulheres do que entre homens.
          Um exemplo evidente: é muito mais bonito ver jogar a seleção feminina alemã, que amanhã faz a final contra o Brasil, do que a masculina.
E não me refiro apenas à beleza das pernas, mas ao jogo em si.
          Um lance como o drible de Marta, que, de costas para a adversária, deu um toque de calcanhar, girou o corpo e foi buscar a bola do outro lado, é de fazer inveja até a um Ronaldinho ou a um Messi. Vai jogar bem assim na China (de preferência amanhã).
         Dunga enfatizou o "espírito de sacrifício" das garotas. Tudo bem. Mas Marta, Cristiane, Formiga e companhia estão mostrando muito mais do que isso. Estão mostrando talento, ousadia, invenção e prazer de jogar. É isso o que as torna únicas. Sacrifício por sacrifício, qualquer brasileira da classe média para baixo também faz, e não é de hoje.
         E bem feito para o técnico dos EUA. Um sujeito que magoa, deixando no banco uma mulher tão linda quanto a goleira Hope Solo, merece o pior dos castigos.
JOSÉ GERALDO COUTO. A hora e a vez da mulher. Folha de São Paulo, 29 set. 2007.p.D6.

Olimpíadas de Língua Portuguesa:TEXTOS ESCOLHIDOS

ESCOLA ESTADUAL CARLOS LYRA
ANO:2012
Olimpíadas de Língua Portuguesa:TEXTOS ESCOLHIDOS
"O educador se eterniza em cada ser que educa".(Paulo Freire)
Gênero Textual: Memórias literárias
Bons tempos
Lucas Silva de França


Lembro-me da minha infância até hoje com muita saudade, daquela brilhante e fantástica rua Floriano Peixoto, mais conhecida como rua do Pontilhão. Ali vivi os melhores dias da minha vida. Recordo que boa parte da rua tinha casas de barro e areia pela estrada, pois aquela rua ainda não era calçada, tudo ali era muito simples e natural.
Naquela época, não existia televisão, então nos distraíamos com brincadeiras deliciosas e envolventes como pega-fogo, lixado e barra bandeira. Quando já estava tarde da noite eu e meus colegas contávamos lindas histórias e a nossa preferida era a de Pedro Malazart. Como nós éramos felizes! E os carnavais daqui! Eram cheios e glórias bem diferentes de hoje, aconteciam em frente à estação ferroviária, onde pessoas dos quatro cantos das cidades vizinhas vinham nos prestigiar, era tudo muito mágico, com belas fantasias, lindas marchinhas e a grande orquestra com integrantes daqui mesmo da cidade. Logo após o carnaval na rua à noite, a animação continuava com a concentração das pessoas no Clube Gente Nossa, lá sim, os jovens e idosos curtiam seu mela-mela e podiam desfilar com suas fantasias luxuosas por todo o salão.
E o trem que passava por dentro da nossa cidade! Esse sim, chamava a atenção de todos, e sua chegada era novidades na certa e muita informação, pois tinha um rapaz que vendia jornais, chocolate, maçãs e passas secas, que eram incrivelmente gostosas.
Recordo-me também de quando o trem estava partindo, o adeus emocionante dos familiares de quem estava indo embora da cidade. E ao lado dos trilhos os capins faziam suas danças causadas pelo vendo através da velocidade do trem.
A minha cidade é lembrada em meus pensamentos distantes, com belas passagens da minha infância, mas também por uma grande tragédia, que vem vagamente nos meus sonhos acordado, lembro quando minha mãe de madrugada me chamou e disse que a cidade estava se acabando em águas. Foi um período de muito sofrimento para os lajenses, mas os anos se passaram e com muita fé, garra e esperança a minha bela cidade foi erguida novamente e só ficaram as dores e saudades daqueles que não conseguiram sobreviver.



Texto baseado no depoimento do






Sr. Clécio da Rocha França, 58 anos.